An End to Fate

domingo, agosto 07, 2005

Capítulo 7 - Fuga

Já havia colocado os explosivos, a mulher a seu lado observara cada instalação precisa em pontos estratégicos, depois de afastar-se a uma boa distância o homem puxa de seu sobretudo velho e rasgado um detonador. E nos segundos subsequentes um silêncio irônico antecede o sonoro ruído de explosivos no ar.

A mulher observa imóvel a expressão de satisfação no rosto do homem.
- Ei, vamos embora...
A mulher acena a cabeça e o homem começa a conduzi-la pelas ruas escuras da cidade antiga em direção a cidade nova.
Atravessam uma ponte, a mulher está cansada, sua respiração indica ao homem que ela não tem resistência para acompanhá-lo sem descanso, mas, mesmo assim, ele continua.

Agora estão na avenida principal, o homem pensa estar fora de alcance da patrulha, então força com sua bengala a porta de uma das construções abandonadas e entra com a mulher.
- Descanse, nós não temos muito tempo.
A mulher, arfando, senta-se no chão e encosta seu corpo na parede.
Alguns minutos se passam sem que nenhum dos dois falem nada.
- Senhor eu... - Mas o homem a interrompe.
- Está pronta? Ótimo, vamos indo, estamos quase lá.
Então o homem puxa a mulher pela mão e continua correndo, agora por uma rua paralela à avenida principal. Cinco quarteirões sombrios e sujos depois ele fala a mulher:
- Volte para a avenida e vá até o fim. Quando chegar lá haverá transporte, diga a ele para vir me ajudar.
- Por que?
- Não questione. Eles estão vindo pra cá, faça o que eu disse e tudo vai acabar bem.
-Certo.

A mulher corre novamente para a avenida principal, enquanto isso o homem observa, quinze homens, eles estão armados e já o viram. Ele começa a correr na direção de uma construção que nunca fora acabada, ali é um bom lugar para reduzir o número deles, pensa o homem. Já os outros, os perseguidores assim que percebem a movimentação começam também a correr na direção da mesma construção.

O prédio jamais havia sido terminado, somente colunas e vigas, muita areia e pedras.
Chegando à entrada os homens dividem-se e em dois grupos e cada grupo vai por um lado da construção. Ninguém consegue ver o alvo, mas eles sabem que está lá.
O grupo que foi pela direita escuta o barulho de uma pedra batendo num canto e conseguem ver o homem deitado na areia ao mesmo tempo em que o último do grupo percebe que na viga ao lado deles havia um explosivo que explode no momento em que o fugitivo aperta o detonador.

Por um momento chovem sangue e membros, o concreto esfarelado espalha seu cheiro junto com o cheiro de carne queimada.
O homem levanta-se rapidamente, reduziu o grupo a metade, mas agora precisa trocar de posição antes que...
- ALTO!
O sangue gela nas artérias do homem.
- Dessa vez nós te pegamos féla da puta ! - fala outra voz.
O homem sente que está na mira dos oito, agora é tarde.
- Vou matar esse filho da... - Um tiro interrompe a todos.
- Nós vamos levar ele de volta, quem decide isso não é um de vocês.
- Mas ele matou o meu... - Eu vou matar você se não ficar calado, agora, você, ande!
O homem sente um cano frio na sua nuca, então começa a andar, torcendo para que a moça tenha conseguido contactar o seu amigo.
Eles vão andando em direção a entrada da construção, mas alguns metros adiante cinco dos oito que haviam restado caem no chão e começam a vomitar sangue.
- Mas que merda é essa!? - Pergunta um dos que ficaram em pé enquanto grita de dor.
O homem começa a sentir uma dor aguda no coração. Então é assim que funciona? Pensa ele. Em poucos segundos o amigo dele chega, nesse momento só um homem está de pé, mas fraquejando e babando. Este homem chora de medo ao ver o rosto do homem que acerta uma martelada em sua cabeça. Após a martelada o martelo cai da mão do homem recém-chegado.

A dor passa. O homem observa seu amigo em pé e os corpos mortos.
- D-desculpe demorar Raony... arrgh!
O outro homem cai no chão. Neste instante o homem vai até lá e vira o seu amigo, para constatar que a pele dele desapareceu e seu corpo está em carne viva.
Ele não pára para pensar, põe seu amigo nas costas e corre dali.


Aquelas lembranças ainda estavam frescas na mente do homem chamado Raony.
- Então foi isso que aconteceu?
- Sim. Eu nunca tinha visto aquilo.
- Vamos indo, Christian disse que ele acordou...

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Desculpem não ter postado ontem, mas quando cheguei a casa minhas irmãs estavam usando o pc e eu não quis ser chato. Peço desculpas também por não ter ficado ontem, mas eu não estava muito bem.

Sobre a história, o post que eu tinha pensado era tão grande que eu decidi dividir em dois...