An End to Fate

sábado, dezembro 18, 2004

Capítulo 3 (Enfim... em casa)

Um sol de infernal cai sobre o asfalto rachado e sujo. No meio da sujeira um homem desmaiado. seu corpo no limite do esforço físico desabara por exaustão. Era o fim. Ou pelo menos parecia ser.
Pássaros negros descem, mas ao ver algum sinal de vida no corpo trêmulo, afastam-se.
Algum tempo passa, alguns minutos, algumas horas ? Não sabe, mas um som se aproxima. Um ronco alto. Uma voz. O homem não consegue compreender nada. Talvez o sol tenha transformado seus neurônios em mingau. Não consegue abrir os olhos.
Passos, passos fortes e largos. Deve ser um homem.
O viajante sente suas costelas quase quebrarem no momento em que o estranho o levanta.
Desmaia.

Depois de sonhos conturbados o viajante acorda. O suor escorre pelo seu tórax. Está num quarto escuro. Frio. Ma há alguém lá. Seus olhos demoram um pouco para acostumar com a falta de luz. Uma silhueta masculina se revela. Um homem sentado numa caixa de feira.
- Bom dia. - Uma voz ligeiramente familiar.
- Hunm. Bom dia. - Responde o viajante com uma voz cansada.
-Descanse... viajar até aqui esgotou você. Acho que o pessoal ficará feliz em vê-lo... - fala novamente o estranho.
O viajante observa enquanto o homem dirige-se à porta e quando ele a abre o reconhece.
- Rem...- Grita o viajante.
-Durma, falaremos depois. - Corta o outro homem.
Lá fora o outro homem encontra-se com um grupo de pessoas.
- Vão e avisem o pessoal do asilo. E procurem avisar os outros.

Enquanto os homens partem de motocicleta, o líder observa o mar, vendo um navio aproximar-se do longínquo cais.

Já no cais, o navio atraca e um grupo de quarenta pessoas desce. Passam pela checagem.
Uma mulher ao passar pelo salão principal surpreende-se com um telão mostrando um homem.
Um oficial aproxima-se dela e fala com um sotaque ianque:
- A senhorita conhece este homem? - Pergunta o oficial.
- Conheci. Há muito tempo. O que ele fez? - Responde a mulher
O homem apenas faz um sinal para que ela olhe para o telão.
O quadro de luz com a imagem do rosto dele muda para uma série de dados.
Uma parte chama a atenção da mulher. Nessa parte há escrito em letras vermelhas:
Trinta e cinco assassinatos, entre os assassinados, treze oficiais. Rebelde.
O guarda fala novamente com seu sotaque estrangeiro:
- É senhorita. Ele não é o mesmo homem. Ficaria surpresa se tivesse visto a maneira com que ele matou esses homens.
O quadro de luz muda novamente e a mulher percebe mais rostos conhecidos. Assustada ela começa a andar.
- Senhorita, acho que precisa de uma escolta. - Diz o guarda enquanto a tenta segurar pelo pulso.
A mulher desvencilha-se do guarda e continua andando, controla a si mesma.
- Já tenho uma escolta. Não preciso de você.
E então ela sai, entra num carro, que parte, enquanto o guarda fica anotando a placa.