An End to Fate

quinta-feira, janeiro 08, 2004

Fim de Ano - O Retorno do padawan - O observador

Final de ano... andando pelas ruas abarrotadas de gente geralmente me faz querer buscar uma rua vazia ou fugir instintivamente, a exceção sendo quando estou acompanhado. Festa da virada, saio com meus amigos. Minha primeira virada de ano com os amigos. Minha melhor virada de ano. Lenine toca, nós dançamos e juntos, todos cantamos. Cansaço físico. Madrugada. Tchau Lenine. Sentamos na areia, minha irmã está se dando bem entre os meus amigos, bom. Sinto-me incrivelmente bem, mas ao mesmo tempo com a garganta travada. Amanhece, continuo observando e pensando que valeu a pena. Um bêbedo vem perturbar minha irmã, quase consigo regredir ao estágio besta-fera-devoradora-de-seres-humanos. Alguém me impediu. Era amigo do bigode. Pediu desculpas. Tenho autocontrole.

Tempos depois viajo. Muitas dúvidas, poucas respostas. Apenas uma certeza. Divirto-me muito com meus amigos, apesar de sentir a ausência de outros. Acima de tudo observo. Como anda, como olha, como respira. Saio de madrugada, vou à praia, sento-me na areia, o sol ainda não acordou. A água toca meus pés e sinto um calafrio ao mesmo tempo que uma brisa fria arrepia meus pêlos. Começo a indagar. Ninguém responde, um velho que está a pescar olha para mim e sorri. Volto a minha única certeza. Observo o velho e o movimento do anzol. Volto à casa.

Algum tempo depois, converso com um deles, chegamos a algumas conclusões que eu precisava confirmar. Saio do quarto e volto para a diversão.
Madrugada. Coloco Alguém para dormir. Os dois vêm falar comigo, temem por mim. Apesar de não esperar isso, não fico surpreso. Foi muito bom ter parado de fingir que não havia problema algum. Passo o resto do tempo pensando enquanto me divirto, recuperei meu modo multi-task. Na volta fico atrás. É até melhor, embora estar em cima da roda me revire o estômago, lá atrás é o melhor local pra pensar. Abraço um amigo, vamos juntos até a hora do desembarque, brinco com todos como de costume.

Vou para a casa do meu primo. Durmo, o pesadelo bizarro acontece novamente. Quando acordo ninguém está de pé. Seguem-se vários intervalos de sono até que acordo de vez. Depois de algum tempo em família volto para casa. Nada mudou, por mais que eu me abstenha, nada aqui muda. Deito-me na cama sem banhar-me, sem trocar a roupa, sem fazer nada; e, novamente, fico com minha certeza.

Eis um trechinho de algo que eu li e gostei muito.

Se você tem vida
você deve vivê-la
Se você tem amor
você o deve dar
Se você tem ódio
Não sentirá a falta dele
Prove esta esperança
Eu poderia beijá-la.

fonte:Poetry and Ideas