Capítulo 13 - Decisão
Os cinco indivíduos sentados à mesa de uma sala mal iluminada estavam apreensivos, ultimamente seus antagonistas, militares remanescentes de todos os buracos do mundo, haviam começado uma ofensiva muito bem planejada e muitos de seus simpatizantes agora estavam alimentando ratos e vermes pelas ruas da cidade.
Estavam ali para tentar planejar um contra-ataque, pois devido às últimas baixas seriam esmagados se falhassem mais uma vez.
Na verdade, só havia uma explicação para tanto insucesso, alguém os havia traído, e nesse momento quatro dos homens tentavam sondar uns aos outros.
Porém, o quinto olhava para a janela, não gostava daquela atmosfera tensa, enquanto os outros se encaravam e se sondavam ele observava a rua, sua mente vagava através da janela.
A rua era mal asfaltada pois alguns blocos de pedra saltavam aqui e ali, e a partir de certo ponto começava uma camada de barro até que a rua não possuísse pedra alguma tornando-se um lamaçal. O barrraco era apenas um cômodo com a mesa, as cadeiras e algumas velas, a porta eram alguns papelões.
O silêncio áspero fez com que o homem a olhar a janela se apercebesse que os outros o observavam. Resolveu então romper o silêncio:
- Se querem saber quem nos traiu, não está aqui. E digo mais, não finjam que não sabem de nada, eu sou o que mais confia nos outros, por isso eu precisei investigar, mas tenho certeza que vocês sabem quem são, mas não acreditam que essas pessoas podem ter feito isso sozinhas. Eu os asseguro que só existem esses dois traidores e já os teria matado se não fosse conveniente que permanecessem vivos.
Nenhum comentário, mas pelas caras que os outros fizeram ele percebeu que haviam compreendido, resolveu então continuar:
- Bem, dito isso, apóio o que quer que decidam quanto ao que fazer em relação aos últimos ataques, mas como não estou me sentindo bem, vou voltar pra casa. Até mais.
E então o homem, que há pouco observava a rua, levanta-se e sai do barraco.
Lá dentro:
- Raony, ele está estranho demais esses dias, vou atrás dele.
- Desde aquele 'acidente' ele está assim, acho que foi traumático pra ele.
- Eu sei e é justamente por isso que eu quero ir atrás, essa atitude de 'não preciso de ajuda' dele só causa problemas.
- Ok, então...
O segundo homem sai algum tempo depois do primeiro, ambos caminham muito do Pina até o início da cidade velha, perto de um parque. Bruno segue-o a uma distância grande e fica a observá-lo de uma construção próxima ao parque quando ele começa a descer a ponte que leva do Pina para a cidade.
Um outro homem espera aquele que saiu primeiro lá, ambos mantêm uma distância grande entre si. Bruno então corre lateralmente para encontrar uma posição melhor e poder observar. Klaus e o desconhecido param frente a frente, cerca de vinte metros um do outro.
Bruno apura os ouvidos:
- Sabia que você viria... e então, aceita? - Diz o estranho.
Klaus anda até um lixeiro caído de seu suporte, lá ele se agaixa e deposita um fio sujo e encardido com uma pedra presa que fora retirado de seu bolso e outrora era usado no pescoço. Depois, levanta-se e diz:
- Você sabe que eu vou matar todos vocês e ainda assim vai me levar vivo para lá... por quê?
O outro homem pára e observa o céu por um momento. E depois diz:
- Eu não sei. Apenas senti que era a coisa certa a se fazer. Desculpe por ter feito elas traírem vocês.
Então Klaus interrompe o outro homem:
- Não se incomode Wolfgang. Essas lutas estão durando muito, qualquer pessoa tentaria acabar com as lutas do jeito que elas fizeram. Bem, vamos indo, serei interrogado não é? Devemos estar atrasados, espere só eu me despedir de um amigo.
Klaus então oha diretamente para a posição onde Bruno se encontra e grita:
- Lembre-se de mim Bruno !!
Então enquanto Bruno se surpreende com o grito, Klaus e Wolfgang saem do parque, entram num jipe e saem rumo ao Recife antigo.
Estavam ali para tentar planejar um contra-ataque, pois devido às últimas baixas seriam esmagados se falhassem mais uma vez.
Na verdade, só havia uma explicação para tanto insucesso, alguém os havia traído, e nesse momento quatro dos homens tentavam sondar uns aos outros.
Porém, o quinto olhava para a janela, não gostava daquela atmosfera tensa, enquanto os outros se encaravam e se sondavam ele observava a rua, sua mente vagava através da janela.
A rua era mal asfaltada pois alguns blocos de pedra saltavam aqui e ali, e a partir de certo ponto começava uma camada de barro até que a rua não possuísse pedra alguma tornando-se um lamaçal. O barrraco era apenas um cômodo com a mesa, as cadeiras e algumas velas, a porta eram alguns papelões.
O silêncio áspero fez com que o homem a olhar a janela se apercebesse que os outros o observavam. Resolveu então romper o silêncio:
- Se querem saber quem nos traiu, não está aqui. E digo mais, não finjam que não sabem de nada, eu sou o que mais confia nos outros, por isso eu precisei investigar, mas tenho certeza que vocês sabem quem são, mas não acreditam que essas pessoas podem ter feito isso sozinhas. Eu os asseguro que só existem esses dois traidores e já os teria matado se não fosse conveniente que permanecessem vivos.
Nenhum comentário, mas pelas caras que os outros fizeram ele percebeu que haviam compreendido, resolveu então continuar:
- Bem, dito isso, apóio o que quer que decidam quanto ao que fazer em relação aos últimos ataques, mas como não estou me sentindo bem, vou voltar pra casa. Até mais.
E então o homem, que há pouco observava a rua, levanta-se e sai do barraco.
Lá dentro:
- Raony, ele está estranho demais esses dias, vou atrás dele.
- Desde aquele 'acidente' ele está assim, acho que foi traumático pra ele.
- Eu sei e é justamente por isso que eu quero ir atrás, essa atitude de 'não preciso de ajuda' dele só causa problemas.
- Ok, então...
O segundo homem sai algum tempo depois do primeiro, ambos caminham muito do Pina até o início da cidade velha, perto de um parque. Bruno segue-o a uma distância grande e fica a observá-lo de uma construção próxima ao parque quando ele começa a descer a ponte que leva do Pina para a cidade.
Um outro homem espera aquele que saiu primeiro lá, ambos mantêm uma distância grande entre si. Bruno então corre lateralmente para encontrar uma posição melhor e poder observar. Klaus e o desconhecido param frente a frente, cerca de vinte metros um do outro.
Bruno apura os ouvidos:
- Sabia que você viria... e então, aceita? - Diz o estranho.
Klaus anda até um lixeiro caído de seu suporte, lá ele se agaixa e deposita um fio sujo e encardido com uma pedra presa que fora retirado de seu bolso e outrora era usado no pescoço. Depois, levanta-se e diz:
- Você sabe que eu vou matar todos vocês e ainda assim vai me levar vivo para lá... por quê?
O outro homem pára e observa o céu por um momento. E depois diz:
- Eu não sei. Apenas senti que era a coisa certa a se fazer. Desculpe por ter feito elas traírem vocês.
Então Klaus interrompe o outro homem:
- Não se incomode Wolfgang. Essas lutas estão durando muito, qualquer pessoa tentaria acabar com as lutas do jeito que elas fizeram. Bem, vamos indo, serei interrogado não é? Devemos estar atrasados, espere só eu me despedir de um amigo.
Klaus então oha diretamente para a posição onde Bruno se encontra e grita:
- Lembre-se de mim Bruno !!
Então enquanto Bruno se surpreende com o grito, Klaus e Wolfgang saem do parque, entram num jipe e saem rumo ao Recife antigo.