An End to Fate

quarta-feira, setembro 07, 2005

Capítulo 8 - Desintegrando

Depois de horríveis pesadelos o homem acorda. Uma dor incrível se espalha por toda a sua pele, ou do que restou dela, como se o tivessem queimado vivo. Sua coordenação está falha, mas ele consegue sentir que seu corpo está coberto de ataduras.
Pensa que deve ter usado demais "aquilo". Mas mesmo assim ele tenta se levantar, contudo, uma voz o impede:
- Fique deitado. Deste jeito você vai acabar se machucando. - Diz uma voz masculina irreconhecível.
O homem enfaixado tenta falar, mas não consegue articular as palavras direito. Tenta levantar-se novamente, mas o esforço faz com que desmaie outra vez.

O outro homem sai da sala e encontra-se com a doutora.
- E então? Qual é o problema dele?
A doutora respira fundo enquanto caminha pelo corredor ao lado do homem enquanto se prepara para explicar:
- Seu amigo foi afetado de uma maneira estranha pela radiação do acidente nuclear. De alguma forma o corpo dele consegue transformar células normais em radioativas e, estas, ao desintegrar emitem uma certa radiação nociva a seres humanos. E muito provavelmente a prática por períodos longos disso fez com que os nervos do corpo dele ficassem bem mais sensíveis, daí os reflexos instantâneos.
- Como isso é possível? - Pergunta intrigado o homem.
- Eu não sei te dizer sequer por que ele está vivo. Esta radiação que ele produz utiliza como massa combustível o próprio corpo dele, o que neste caso foi toda a epiderme e couro cabeludo. Um caso realmente incrível de...
- O meu amigo não é um caso.
A médica ao ouvir o tom cruel da voz do homem se afasta dele.
- Cuide bem dele. - Fala novamente o homem com uma voz fria.

O homem sai por um corredor lateral. Lá fora, na rua, estão a espera dois homens e uma menina de quinze anos encostados num carro.
- E, então, como ele está, hein Christian? - Pergunta um dos homens.
- Aquela coisa que ele tem, parece que ele não contou pra gente como funciona de verdade. Cada vez que ele usa, desintegra o corpo dele.- responde Christian
- Hã ? - Indaga o outro homem.
- Isso mesmo Raony.
- E agora, ele vai se recuperar? - Pergunta Raony
- Sim, mas vai levar algum tempo e talvez não dê pra regenerar a pele de maneira completa. - Diz Christian
A menina que até agora só havia escutado a conversa dos três pergunta:
- Posso visitá-lo?
- Ainda não. Ele não se recobrou do choque ainda, tanto que quando acordou não conseguiu falar.
- Eu só quero colocar as flores favoritas dele lá... - Insiste a menina.
- Tudo bem, vamos lá, mas sem agitação, seu pai não está nada bem.
- Valeu tio!
Então a menina vai até o carro, abre a porta e pega um vaso com flores negras e depois adentra o corredor hospitalar...

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Emerson and Lake Palmer - C'est la vie

C'est la vie
Have your leaves all turned to brown
Will you scatter them around you
C'est la vie.

Do you love
And then how am I to know
If you don't let your love show for me
C'est la vie.

(Chorus) Oh, oh, c'est la vie.
Oh, oh, c'est la vie.
Who knows, who cares for me...
C'est la vie.

In the night
Do you light a lover's fire
Do the ashes of desire for you remain.

Like the sea
There's a love too deep to show
Took a storm before my love flowed for you
C'est la vie

(Chorus) Oh, oh, c'est la vie.
Oh, oh, c'est la vie.
Who knows, who cares for me...
C'est la vie.

Like a song
Out of tune and out of time
All I needed was a rhyme for you
C'est la vie.

Do you give
Do you live from day to day
Is there no song I can play for you
C'est la vie.

(Chorus) Oh, oh, c'est la vie.
Oh, oh, c'est la vie.
Who knows, who cares for me...
C'est la vie.