An End to Fate

quinta-feira, janeiro 29, 2004

A boy of nothing but greys...

Nuvens, são como bons sonhos. Incontroláveis, mutáveis, plácidas e belas. Sempre olhei para o céu para vê-las, pois para mim, as nuvens são mais belas que o próprio céu. Principalmente as nuvens de chuva. Todas cinza. É maravilhoso quando o céu fica completamente coberto delas.
Ainda faço aquela antiga brincadeira de criança, ficar olhando para as nuvens e imaginar com o que elas se parecem. Bolas, elefantes, submarinos, sorvetes e até pessoas. Sim ! Pessoas ! Depois de uma certa prática e em bons dias de nuvem é possível ver rostos, silhuetas e contornos. Certa vez me lembro de ter me visto numa nuvem, não como sou hoje, mas parecido com uma foto que tirei quando pequeno.
Também adoro as nuvens porque quando há uma tempestade e elas estão carregadas, há um vento frio, a luz fica pálida, o dia se torna um pouco noite. As crianças têm sono e ficam em suas camas cobertas por lençóis, ou chegam-se para a cama das mães e recebem o bendito carinho materno.
Gosto de sair nestes dias. Sentir a chuva nos meus ombros e olhar para o céu. Ir à praia e olhar para o horizonte. Ver as nuvens partirem, e observar como o dia permanece por pouco tempo do jeito que as nuvens o deixaram para homenageá-las...

quarta-feira, janeiro 21, 2004

A Historinha - versão sem interrupções

Era uma vez um garoto, este garoto era feliz, pois não sabia ou não entendia os problemas que tinha. Mas a ignorância não dura para sempre; poucos anos mais tarde o garoto percebeu vários problemas na sua vida. Ele não sabia se eram grandes problemas ou pequenos, só sabia que o deixavam triste, foi nessa época que ele ganhou irmãs. Com a falta de atenção ele começou a perder o pouco controle que tinha. Ele havia se tornado arredio e agressivo. Brigava com tudo e com todos.
Apesar disso, tinha amigos, valorosos amigos, que diminuíram o ímpeto com que ele destruia tudo o que tocava. Um certo ano, ele teve que voltar ao seu antigo colégio e lá, fez mais alguns poucos amigos, além de conhecer seu primo um pouco melhor. Pouco tempo depois o garoto teve uma crise, e, bem, ainda hoje ele não sabe se ficou em depressão ou não. Quando tudo parecia querer afundá-lo, ele encontrou um grupo de pessoas, na internet, que como ele, jogavam rpg. Decidiu então tentar se tornar amigo deles, afinal não custava nada essa última tentativa antes de deixar a maré o carregar.
Incrivelmente o garoto se sentiu muito bem perto deles, bem demais, tanto que ele decidiu se agarrar a eles de modo que ele não afundasse e se tornasse uma pessoa amarga, um suicida ou enlouquecesse.
Estava se sentindo quase que completamente curado de seus problemas, foi aí que ele A conheceu. No início ele achou que a garota era muito selvagem (o garoto não é mais estúpido o suficiente para saber que ele era muito mais). Mas com o tempo, enquanto ele conhecia melhor todos os seus novos amigos, foi conhecendo a garota também.
Depois de alguns meses, avaliando a sua situação, ele percebeu que sentia algo pela garota. Passou o resto do tempo indagando, perguntando o que era aquilo. Excluindo os sentimentos que ele tinha certeza que não podiam ser ele concluiu que era amor, mas ele quis ter certeza. E assim o garoto ficou, pois pensar sobre esse assunto o fazia esquecer das brigas de seus pais, dos atritos no colégio, da sua impossibilidade de mudar essas coisas: Tudo está bem porque estou amando. Mas, novamente ele estava errado, no último ano, os problemas que ele havia acumulado sem prestar atenção caíram sobre a cabeça dele, e, novamente, ele ficou perdido.
Foi então que ele resolveu contar a garota o que ele sentia (depois de muita ajuda, é claro), pois isto além de retirar o seu grande medo, o forçaria a prestar mais atenção aos seus problemas, e não fingir que eles não existiam.
E ele foi lá e disse ! Disse exatamente o que está aqui escrito, numa versão mais resumida. E com a sua irreverência de costume finalizou: Em resumo, eu te amo.

Foo Fighters - Everlong

Hello
I've waited here for you
Everlong

Tonight I throw myself in two
Out of the red
Out of her head she sang

Come down and waste away with me
Down with me
Slow, how you wanted it to be
I'm over my head
Out of her head she sang

And I wonder
When I sing along with you
If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when

She sang

Breathe out
So I can breathe you in
Hold you in
And now
I know you've always been
Out of your head
Out of my head I sang

And I wonder
When I sing along with you
If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when

She Sang

And I wonder
If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when

quinta-feira, janeiro 08, 2004

Fim de Ano - O Retorno do padawan - O observador

Final de ano... andando pelas ruas abarrotadas de gente geralmente me faz querer buscar uma rua vazia ou fugir instintivamente, a exceção sendo quando estou acompanhado. Festa da virada, saio com meus amigos. Minha primeira virada de ano com os amigos. Minha melhor virada de ano. Lenine toca, nós dançamos e juntos, todos cantamos. Cansaço físico. Madrugada. Tchau Lenine. Sentamos na areia, minha irmã está se dando bem entre os meus amigos, bom. Sinto-me incrivelmente bem, mas ao mesmo tempo com a garganta travada. Amanhece, continuo observando e pensando que valeu a pena. Um bêbedo vem perturbar minha irmã, quase consigo regredir ao estágio besta-fera-devoradora-de-seres-humanos. Alguém me impediu. Era amigo do bigode. Pediu desculpas. Tenho autocontrole.

Tempos depois viajo. Muitas dúvidas, poucas respostas. Apenas uma certeza. Divirto-me muito com meus amigos, apesar de sentir a ausência de outros. Acima de tudo observo. Como anda, como olha, como respira. Saio de madrugada, vou à praia, sento-me na areia, o sol ainda não acordou. A água toca meus pés e sinto um calafrio ao mesmo tempo que uma brisa fria arrepia meus pêlos. Começo a indagar. Ninguém responde, um velho que está a pescar olha para mim e sorri. Volto a minha única certeza. Observo o velho e o movimento do anzol. Volto à casa.

Algum tempo depois, converso com um deles, chegamos a algumas conclusões que eu precisava confirmar. Saio do quarto e volto para a diversão.
Madrugada. Coloco Alguém para dormir. Os dois vêm falar comigo, temem por mim. Apesar de não esperar isso, não fico surpreso. Foi muito bom ter parado de fingir que não havia problema algum. Passo o resto do tempo pensando enquanto me divirto, recuperei meu modo multi-task. Na volta fico atrás. É até melhor, embora estar em cima da roda me revire o estômago, lá atrás é o melhor local pra pensar. Abraço um amigo, vamos juntos até a hora do desembarque, brinco com todos como de costume.

Vou para a casa do meu primo. Durmo, o pesadelo bizarro acontece novamente. Quando acordo ninguém está de pé. Seguem-se vários intervalos de sono até que acordo de vez. Depois de algum tempo em família volto para casa. Nada mudou, por mais que eu me abstenha, nada aqui muda. Deito-me na cama sem banhar-me, sem trocar a roupa, sem fazer nada; e, novamente, fico com minha certeza.

Eis um trechinho de algo que eu li e gostei muito.

Se você tem vida
você deve vivê-la
Se você tem amor
você o deve dar
Se você tem ódio
Não sentirá a falta dele
Prove esta esperança
Eu poderia beijá-la.

fonte:Poetry and Ideas

quinta-feira, janeiro 01, 2004

Um poema de amor

Dedico este post e este pequeno texto aos meus amigos Letícia e a Hercílio, por milhares de motivos que não caberiam nem em cem páginas de internet.

O Amor é como plantar uma rosa.

Se você adubá-la com carinho
Ele germinará
Se você regá-la com atenção
Ele crescerá
Se você cultivá-la com cuidado
Ele desabrochará

Mas se você adubá-la demais
Ele não brotará
Mas se você regá-la demais
Ele afogar-se-á
Mas se você pressioná-la demais
Você se machucará em seus espinhos, e,
Pior,
Matará a flor.

Não deixem suas roseiras morrerem...