An End to Fate

quarta-feira, novembro 17, 2004

"Se a República fosse boa os romanos não tinham trocado." Slash

Segunda feira foi dia 15 de novembro. Dia da Proclamação da República. Naquele dia um bando de militares revoltosos instauraram um novo regime e, acordando o marechal, que era conservador, disseram: - Parabéns Marechal Deodoro,o senhor proclamou a República do Brasil.
Não sinto tanta necessidade de comemorar uma república tão estranha quanto a nossa, que já foi "da espada", que já foi do "café-com-leite" e que hoje é tão confusa que não se sabe de quem é, mas sim de quem não é. Não que o Brasil seja um mal país, mas sim que boa parte dos indivíduos que o fazem importam-se apenas consigo mesmos. Vejo o corrupto de hoje formando o de amanhã, vejo os desastres, vejo o atraso, mas eu sigo adiante, pois a maior característica do brasileiro é a firmeza. E então aquele anúncio publicitário que diz: "porque ele é brasileiro, e nunca desiste", começa a fazer muito sentido. No futuro, espero, estaremos comemorando um dia da paz, um dia da solidariedade ou um dia da justiça, por que não? Encontrá-los-ei por lá. Pois o futuro a NÓS pertence.

É incrível como essa música continua atual e mais incrível ainda que ela represente o que eu penso e o que eu sinto sobre segunda-feira e sobre mim mesmo.

Biquini Cavadão - Zé Ninguém

Quem foi que disse que amar é sofrer?
Quem foi que disse que Deus é brasileiro,
Que existe ordem e progresso,
Enquanto a zona corre solta no congresso?

Quem foi que disse que a justiça
Tarda mas não falha?
Que se eu não for um bom menino,
Deus vai castigar!

Os dias passam lentos
Aos meses seguem os aumentos

Cada dia eu levo um tiro
Que sai pela culatra
Eu não sou ministro, eu não sou magnata
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes

Quem foi que disse que os homens nascem iguais?
Quem foi que disse que dinheiro não traz felicidade
Se tudo aqui acaba em samba?
No país da corda bamba,
querem me derrubar!!

Quem foi que disse que os homens não podem chorar?
Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta?
A minha acabou faz tempo,
Agora entendo por que ....

Cada dia eu levo um tiro
Que sai pela culatra
Eu não sou ministro, eu não sou magnata
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes

terça-feira, novembro 09, 2004

... Cartoons by Christopher Ford


segunda-feira, novembro 01, 2004

Eu ia continuar postando a história de Klaus, mas a questão desse fim de semana pareceu ser mais importante.

Para começar gostaria de afirmar que este texto não é uma crítica aos fatos que ocorreram, mas sim uma conclusão a qual cheguei e que gostaria de compartilhar com todos, principalmente os que não participaram.

O texto tem tantas repetições das palavras exclusão e excluído que eu o estou detestando, mas como eu estou cansado e não tenho saco de olhar o dicionário vai assim mesmo.

Da exclusão num grupo.

A exclusão, a meu ver, é, na verdade, um estado de espírito, além de ser um fato concreto.
Eu acredito que existem dois fatos. O fato de ser excluído realmente e o fato de se sentir excluído. Talvez porque eu passe por uma fase estranha da minha vida eu acredite nas coisas dessa maneira, mas isso não vem ao caso. O que importa é que a exclusão é um processo intencional ou não e inconsciente às vezes, por exemplo: três pessoas estão numa sala e começam a conversar, de repente, duas delas se voltam completamente uma para a outra, excluindo a terceira da conversa, isto é uma maneira de exclusão, que pode ser consciente ou inconsciente.
Até aí tudo bem, a exclusão não é uma coisa legal. Isto é bem óbvio, mas em certas situações não há opção. Como quando meninas querem sair entre meninas ou como quando quer-se fazer um jogo, mas se for permitido a todos jogar, haverá criação de personagens principais, e se for permitido apenas a poucos jogarem, os outros estarão sendo excluídos. No final, é ruim de qualquer maneira.
Há também o fato de sentir-se excluído, que é independente de se ser realmente excluído ou não e, ao meu ver, é pior que ser realmente excluído. Neste caso realmente o problema é difícil de ser resolvido, obviamente quase ninguém pode dizer:
-não se sinta assim.
E obter um resultado positivo. Seria como querer parar de amar ou parar de sonhar.
Eu acredito que o melhor remédio para esta grande moléstia é a compreensão e a comunicação, afinal muitas vezes são os próprios excluídos que se excluem. E disso eu posso falar por experiência própria, mas esta é uma outra história.

Dito isto, papo findo. Entrou pela perna do pinto, saiu pela perna do pato e tchau tchau !